DEPRESSÃO: COMO LIDAR
- Janete Peres
- 9 de jan. de 2020
- 2 min de leitura

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a depressão atinge mais de 121 milhões de pessoas em todo o mundo, considerada o "mal do século”.
O prognóstico é que num futuro próximo será a doença mais comum do mundo. Dados preocupantes para os profissionais da área de saúde. Antigamente depressão era denominada de tristeza, melancolia ou outras denominações. Hoje sabemos que a depressão tem um caráter endógeno, ou seja, de origem interna por alterações de neurotransmissores, que são substâncias químicas produzidas pelos neurônios (as células nervosas), com a função de biossinalização (sistema de comunicação que governa e coordena as atividades e funções celulares).
Mas ela também tem um caráter ambiental reativo, onde o ambiente pode proporcionar o desencadear de um quadro depressivo, por exemplo, uma perda financeira grave, fim de um relacionamento ou uma doença incapacitante.
Qualquer pessoa está suscetível a apresentar depressão, sejam crianças, jovens, adultos, idosos ou grupos específicos como a mulher na menopausa, homem na andropausa, fase de aposentadoria, entre outros. A depressão causa sintomas mentais e físicos, muitas vezes confundido com uma tristeza normal ou uma fase, mas é uma doença séria e o tratamento deve ser acompanhado por especialistas.
Os sintomas mentais mais comuns da doença são a tristeza contínua, angústia, desesperança, sentimento de culpa, medo desmotivado, irritabilidade, mau humor e vontade repentina de chorar. Quanto aos sintomas físicos mais comuns são: cansaço constante, alteração de sono (dormir muito ou dormir pouco), oscilação de peso (ganho ou perda de peso), dores de cabeça ou pelo corpo, disfunção sexual, desatenção e esquecimentos contínuos. Comportamentos comuns: Crianças: irritabilidade, redução no interesse em brincadeiras, queda no rendimento escolar, sensação de cansaço e ansiedade. Adolescentes: agressividade, alteração do apetite, pensamento suicida e isolamento social. Adultos: isolamento social, tristeza, alteração no humor, alteração no sono ou peso e perda de libido.
Geralmente o tratamento é acompanhado pelo psiquiatra, clínico geral e/ou psicólogo. A duração do tratamento depende por um lado, os fatores que levaram à depressão e de sua gravidade, e por outro lado, o empenho e comprometimento da pessoa em aceitar o tratamento.
Seguem algumas sugestões de como auxiliar alguém a lidar com a depressão:
1) Procure principalmente ajuda especializada: Um clínico de confiança, um psiquiatra ou psicólogo são as melhores opções. Caso a pessoa que está com depressão esteja em dúvida quanto a procurar um profissional da saúde, você pode ajudá-lo a tomar essa iniciativa. Muitas vezes para a pessoa em depressão, é difícil dar o primeiro passo.
2) Acompanhe a primeira consulta: geralmente precisa de um familiar ou amigo que acompanhe para se sentir motivado a buscar ajuda.
3) Apoio emocional: é tão importante quanto o acompanhamento médico. Seja compreensivo, paciente e carinhoso. Esses fatores são importantes durante o processo de recuperação.
4) Saia de casa: Uma pessoa deprimida tem como tendência natural, desligar-se do mundo externo e essa falta de contato dificulta ainda mais a situação. Comece devagar, tornando as saídas um hábito.
Finalizo ressaltando que o tratamento e o diagnóstico estão cada vez mais acessíveis, fiquem atentos aos pequenos sinais e busquem ajuda.
Vamos colaborar para melhorar nossa qualidade de vida e a do próximo, com anos saudáveis e felizes.
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